Especialista exclui pobreza extrema
JN, 17/02/2007, Paula Rocha
Entre 1991 e 2001 registou-se uma progressão no número de famílias de classe média e média alta no concelho de Aveiro. Os problemas de pobreza existem, mas não em número significativo, apenas casos pontuais. Estes dados foram apresentados por Liliana Sousa, docente na secção autónoma das Ciências da Saúde da Universidade de Aveiro, durante um debate organizado pelo Gabinete de Estudos do PS, anteontem à noite, na Biblioteca. O objectivo do encontro era falar de "Desafios para as políticas sociais locais" e foi também convidada Fernanda Rodrigues, coordenadora do Plano Nacional de Acção para a Inclusão (PNAI)
A professora da Universidade de Aveiro, que também já foi responsável pelo Observatório de Desenvolvimento Social, referiu que "em Aveiro, em termos quantitativos não conseguimos identificar problemas muito graves de pobreza. No entanto, sabemos que existem alguns casos complicados e é a estes que temos de nos dedicar. Há delinquência, prostituição, abandono escolar e famílias pobres, mas em taxas inferiores às de outros concelhos".
Dentro destes problemas que já foram identificados e que existem no município aveirense, Liliana Sousa defende como prioridade, no que toca às questões da pobreza, a habitação social e a educação. Duas medidas urgentes e que devem ser adoptadas pelas autarquias. "Temos de perceber que a formação dá acesso ao emprego e que uma habitação condigna permite a integração social das pessoas. São o trampolim para que as famílias mais pobres possam evoluir", explicou.
Fernanda Rodrigues criticou o facto de "nestas matérias, nem sempre as prioridades corresponderem à dimensão dos problemas. A atenção é disputada por outras questões relacionadas, por exemplo, com o emprego. Nem sempre tem havido proporcionalidade entre a grandeza dos problemas e os recursos financeiros disponíveis".
Aveiro: Município com qualidade de vida.
Rádio Terranova - 16/2/2007
Aveiro é um município com qualidade de vida, sem problemas sociais em quantidade para chocar, mas há casos de pobreza identificados. O diagnóstico foi feito, esta noite, pela psicóloga e docente da Universidade de Aveiro, Liliana Sousa, durante um debate sobre políticas sociais promovido pela Concelhia local do PS.
"Em 1991 tínhamos alguns agregados populacionais que categorizávamos como classe média baixa; em 2001 deixámos de ter e passámos a ter classe média e classe média/alta. O que significa que é um concelho com qualidade de vida em que apenas se destacam alguns problemas pontuais", afirmou, acrescentando que os problemas existentes (alcoolismo, prostituição, famílias muito pobres) são os comuns a outros locais. "Mas sempre com uma taxa de incidência mais baixa do que em relação à maior parte de outros concelhos e distritos do país", concretizou.
De acordo com a investigadora, a educação e a habitação são fulcrais para a resolução dos problemas relacionados com a pobreza.
Fernanda Rodrigues, coordenadora do Plano Nacional de Acção para a Inclusão, foi outra das oradoras no debate promovido pelo Gabinete de Estudos do PS/Aveiro. O documento (o terceiro plano de acção) foi apresentado em Outubro passado e tem como prioridades combater a pobreza das crianças e idosos, corrigir as desvantagens na educação e ultrapassar as discriminações, reforçando a integração de pessoas com deficiências e de imigrantes.
Segundo aquela responsável, "continuamos a ter taxas significativas de pobreza". Em 2004, 21 por cento da população do país (um quinto) encontrava-se em tal situação, contra os 16 por cento da média europeia.
A pobreza resistente, que passa de geração em geração, atingia os 15 por cento. O desemprego de longa duração e o desemprego juvenil atingia uma dimensão "preocupante".
As estatísticas revelam também que, no período compreendido entre 1995 e 2001, agravou-se a pobreza infantil.
Em 2005, a taxa de abandono escolar precoce era de 38,6 por cento.
Aveiro é um município com qualidade de vida, sem problemas sociais em quantidade para chocar, mas há casos de pobreza identificados. O diagnóstico foi feito, esta noite, pela psicóloga e docente da Universidade de Aveiro, Liliana Sousa, durante um debate sobre políticas sociais promovido pela Concelhia local do PS.
"Em 1991 tínhamos alguns agregados populacionais que categorizávamos como classe média baixa; em 2001 deixámos de ter e passámos a ter classe média e classe média/alta. O que significa que é um concelho com qualidade de vida em que apenas se destacam alguns problemas pontuais", afirmou, acrescentando que os problemas existentes (alcoolismo, prostituição, famílias muito pobres) são os comuns a outros locais. "Mas sempre com uma taxa de incidência mais baixa do que em relação à maior parte de outros concelhos e distritos do país", concretizou.
De acordo com a investigadora, a educação e a habitação são fulcrais para a resolução dos problemas relacionados com a pobreza.
Fernanda Rodrigues, coordenadora do Plano Nacional de Acção para a Inclusão, foi outra das oradoras no debate promovido pelo Gabinete de Estudos do PS/Aveiro. O documento (o terceiro plano de acção) foi apresentado em Outubro passado e tem como prioridades combater a pobreza das crianças e idosos, corrigir as desvantagens na educação e ultrapassar as discriminações, reforçando a integração de pessoas com deficiências e de imigrantes.
Segundo aquela responsável, "continuamos a ter taxas significativas de pobreza". Em 2004, 21 por cento da população do país (um quinto) encontrava-se em tal situação, contra os 16 por cento da média europeia.
A pobreza resistente, que passa de geração em geração, atingia os 15 por cento. O desemprego de longa duração e o desemprego juvenil atingia uma dimensão "preocupante".
As estatísticas revelam também que, no período compreendido entre 1995 e 2001, agravou-se a pobreza infantil.
Em 2005, a taxa de abandono escolar precoce era de 38,6 por cento.
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